A soja mantém queda em Chicago - Foto: Canva
Os mercados agrícolas iniciam o dia sob influência das novas projeções globais de oferta e demanda, mantendo o viés baixista que marcou a semana. O cenário segue condicionado pelo relatório mensal do USDA e por ajustes sazonais de demanda, fatores que limitam movimentos de alta em curto prazo.
No trigo, as cotações recuam nos Estados Unidos diante da oferta global recorde estimada pelo USDA, que elevou a produção mundial para 837,81 milhões de toneladas. A ampliação das projeções de exportações de Canadá, Austrália e Argentina reforça a pressão. No Brasil, a redução da procura com o encerramento das atividades de moinhos e indústrias impede qualquer recuperação neste período, tradicionalmente desfavorável às vendas internas.
A soja mantém queda em Chicago, com contratos operando abaixo de US$ 11 por bushel. O relatório do USDA não trouxe alterações relevantes nos cálculos de oferta e demanda e confirmou as estimativas de produção para Argentina e Brasil, já consideradas pelo mercado. Os preços seguiram pressionados por novas mínimas técnicas e por um ambiente externo sem estímulos, enquanto a redução dos valores de exportação na Argentina melhora sua competitividade. Nos Estados Unidos, o pacote de ajuda ao setor, próximo de US$ 12 bilhões, pode adiar vendas de produtores à espera de preços melhores.
O milho apresenta pequenas oscilações após a elevação observada na divulgação do relatório do USDA, que aumentou a previsão de exportações americanas e reduziu os estoques finais para 51,53 milhões de toneladas. A possibilidade de realização de lucros e o incremento das vendas no físico podem limitar novos avanços.
Entre os indicadores, o dólar opera em alta no Brasil e o petróleo WTI sobe levemente, favorecendo soja e milho. A ligeira queda do índice do dólar e o movimento de valorização do euro tendem a beneficiar o trigo. As informações são da TF Agroeconômica.